Ela era uma garota composta por seus Direitos da Personalidade e, ao torna-se absolutamente capaz segundo o Art. 5° do Código Civil, resolveu transforma-se em bem. Para isso leu várias doutrinas tentando chegar a um consenso entre coisa e bem, mas não obteve muito sucesso. Sendo assim, a garota resolveu adquirir alguns bens, para aumentar seu patrimônio, uma vez que ela era feinha e ninguém se interessava por ela. A garota era uma espécie de “bem fungível” fácil de ser trocada ou substituída por outro da mesma espécie, qualidade ou quantidade. Cansada de tanta fungibilidade ela queria torna-se um bem infungível, assim como as obras de artes, que não podem ser substituída por qualquer outra. Empolgada com toda essa história, a garota do bem começou a sua aquisição pelos bens corpóreos (aqueles de existência material). O primeiro bem a adquirir foi um bem móvel por natureza, ou seja, aqueles que podem ser transportados de um lugar para outro por força própria ou alheia, ela comprou então, o seu par de silicone. Após colocar seu silicone, aquele belo par de seios artificiais, se transformara de bem móvel por natureza para bem imóveis por acessão intelectual, e destinado ao aformoseamento daquela garota. Dentro desse cenário de “bens imóveis por natureza” (solo, espaços aéreo, subsolo) a garota se sentia como um bem divisível, mas não divisível no sentido jurídico, pois se a dividissem ela não conseguiria preservar a características do todo em todas as partes do seu corpo. Se sentia divisível por enxergar apenas aquele belo par de silicone. Entretanto, no fundo, a garota do bem, sabia que, era indivisível, pois se a dividissem ela não teria mais utilidade alguma. Para turbinar o seu visual, a garota do bem, colocou com prioridade maior o abandono dos bens consumíveis, principalmente aqueles que ela destruía imediatamente: chocolate, bolacha, doce em gerais e outros porcarias mais. E claro, adquiriu alguns “bens inconsumíveis” que estavam na moda: roupas, sapatos, jóias... Apesar de toda essa mudança a garota ainda se achava um bem singular, onde o silicone, as roupas e os quilinhos a menos faziam mais diferença do que ela por completo. Na busca pelo “bem coletivo” ela sabia que faltava algo, para que todos a enxergassem como um todo, sem sobreposição dos seus bens singulares. Afinal ela queria ser vista como o conjunto da obra e não como uma pinacoteca com vários obras. Num instante de clareza, a garota do bem, resolveu encontrar a “coisa principal” logo notou que ela era a “coisa principal” existe por si, exercendo sua função e finalidade independente dos demais. Agora sim, a garota do bem, estava completa e pronta para sair de casa. Agregou algumas “coisa acessórias” como jóias e aderessos na “coisa principal” e olhou se no espelho para terminar a sua classificação. Sorriu como um “bem particular” que não pertencia a nenhum ente público e que não possuia uso comum, especial ou dominical. Ao fechar a porta de sua casa, ainda lembrou-se de uma última classificação: sou um bem inalienável, e que não pode ser comercializável ou transferido. E lá se foi a garota do bem, poderosa e turbinada mundo a fora.... |
Como é bom contemplar o céu, interrogar uma estrela e pensar que ao longe, bem longe, um outro alguém contempla este mesmo céu, essa mesma estrela e aqui eu falo baixinho: "Saudade!"
terça-feira, 25 de março de 2008
A Garota do bem...
quarta-feira, 5 de março de 2008
A CANETA AZUL...
Caneta Azul
Autor desconhecido...... |
Assinar:
Postagens (Atom)