terça-feira, 25 de março de 2008

A Garota do bem...


Ela era uma garota composta por seus Direitos da Personalidade e, ao torna-se absolutamente capaz segundo o Art. 5° do Código Civil, resolveu transforma-se em bem.
Para isso leu várias doutrinas tentando chegar a um consenso entre coisa e bem, mas não obteve muito sucesso.
Sendo assim, a garota resolveu adquirir alguns bens, para aumentar seu patrimônio, uma vez que ela era feinha e ninguém se interessava por ela.
A garota era uma espécie de “bem fungível” fácil de ser trocada ou substituída por outro da mesma espécie, qualidade ou quantidade.
Cansada de tanta fungibilidade ela queria torna-se um bem infungível, assim como as obras de artes, que não podem ser substituída por qualquer outra.
Empolgada com toda essa história, a garota do bem começou a sua aquisição pelos bens corpóreos (aqueles de existência material).
O primeiro bem a adquirir foi um bem móvel por natureza, ou seja, aqueles que podem ser transportados de um lugar para outro por força própria ou alheia, ela comprou então, o seu par de silicone.
Após colocar seu silicone, aquele belo par de seios artificiais, se transformara de bem móvel por natureza para bem imóveis por acessão intelectual, e destinado ao aformoseamento daquela garota.
Dentro desse cenário de “bens imóveis por natureza” (solo, espaços aéreo, subsolo) a garota se sentia como um bem divisível, mas não divisível no sentido jurídico, pois se a dividissem ela não conseguiria preservar a características do todo em todas as partes do seu corpo. Se sentia divisível por enxergar apenas aquele belo par de silicone.
Entretanto, no fundo, a garota do bem, sabia que, era indivisível, pois se a dividissem ela não teria mais utilidade alguma.
Para turbinar o seu visual, a garota do bem, colocou com prioridade maior o abandono dos bens consumíveis, principalmente aqueles que ela destruía imediatamente: chocolate, bolacha, doce em gerais e outros porcarias mais.
E claro, adquiriu alguns “bens inconsumíveis” que estavam na moda: roupas, sapatos, jóias...
Apesar de toda essa mudança a garota ainda se achava um bem singular, onde o silicone, as roupas e os quilinhos a menos faziam mais diferença do que ela por completo.
Na busca pelo “bem coletivo” ela sabia que faltava algo, para que todos a enxergassem como um todo, sem sobreposição dos seus bens singulares. Afinal ela queria ser vista como o conjunto da obra e não como uma pinacoteca com vários obras.
Num instante de clareza, a garota do bem, resolveu encontrar a “coisa principal” logo notou que ela era a “coisa principal” existe por si, exercendo sua função e finalidade independente dos demais.
Agora sim, a garota do bem, estava completa e pronta para sair de casa.
Agregou algumas “coisa acessórias” como jóias e aderessos na “coisa principal” e olhou se no espelho para terminar a sua classificação.
Sorriu como um “bem particular” que não pertencia a nenhum ente público e que não possuia uso comum, especial ou dominical.
Ao fechar a porta de sua casa, ainda lembrou-se de uma última classificação: sou um bem inalienável, e que não pode ser comercializável ou transferido.
E lá se foi a garota do bem, poderosa e turbinada mundo a fora....





quarta-feira, 5 de março de 2008

A CANETA AZUL...

Caneta Azul

Azul cor tão bela,
Representa o infinito:
O azul do mar,
O azul do céu,
Tudo azul que lindo!

A caneta sempre azul
Azul escuro meu,
Azul claro dela,
Que repugnância
Para uma cor tão bela.

Não quero mais,
a minha caneta azul,
Azul claro “lembra ela”
Troco o claro pelo escuro
Para assim não pensar nela.

Num contraste de amor e ódio:
Claro e escuro.
Azul é sempre azul,
Infinito sempre poético,
Céu sempre belo.

Esqueço o azul claro,
Esqueço dela
Que não merece tal comparação.
Azul cor tão bela,
Não merece “lembrar ela”

Autor desconhecido......